Imagem: teladeilusoes.blogspot.com
Mineralma
Crepita em mim a centelha divina
Substância mesma
De que se constituem os sonhos.
Abstração, porém aprisionada,
Esmagada sobre o peso
De matéria pouco nobre:
O barro do chão!
Convivem-me, a um só tempo,
A linhagem dos anjos
E a hereditariedade química
Das pedras.
Tenho o DNA de Deus,
Fluido halo de luz,
Na compacidade das rochas.
Daí por que professo
A religião do paradoxismo
A dualidade antagônica
Que caracteriza minha humanidade
E me condena a pagar o ônus
Da gravidade.
E, despojado da levitação
Própria das fagulhas
Pelo chumbo de que sou forjado
É que pratico a peculiar
Alquimia dos poetas...
***
Link do concurso:
http://autoressa.blogspot.com
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