quarta-feira, 1 de maio de 2013

Classificado para a antologia VERSOS REPLETOS NA NOITE VAZIA - vol. VIII - da Câmara Brasileira de Jovens Escritores




A Leveza e o Peso de o Ser, ser...

Como é frágil o ser do Ser
Se jamais se amanhece o mesmo
E a vida, um vagar a esmo?

E que peso infinito é o Ser ser
Substância de fluídica levitação
Na matéria em putrefação?

Como é absurdo ser para o Ser
Na condição de perene e imortal
Aprisionado ao grilhão carnal?

E que paradoxo! Se o Ser é ser
Enquanto a carne é tão somente estar;
Este, naquele habitar?

E sendo o Ser imortal, portanto infinito
Que se supõe também atemporal.
Conviver num ser finito
O corpo bruto, pútrido e mortal...



 Francisco Ferreira




francisco.ferreira68@yahoo.com.br


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