Um Sonho
Almejo o meu país, onde a criança
não tenha sua inocência ultrajada,
e que seja sua infância respeitada
onde fulgure o verdor da esperança;
em que imperem o amor, a temperança
e que enfim, seja a violência estancada;
quero a Ordem e o Progresso de mãos dadas,
que finde a tormenta, venha a bonança.
Quero a paz, uma constante certeza,
que não se explore o trabalho infantil
e emirjamos dessa infinda torpeza;
ver meu povo feliz e varonil,
e preservar-se a nossa natureza
e essa utopia transformar-se em BRASIL!
***
Dádiva da Fé
Em prol de suposta felicidade
fronteiras, limites desconheci;
códigos, normas desobedeci,
cultuei mentiras, desdenhei verdade...
Em nome de pseudo-saciedade
à minha vida, de até então, investi;
existência esta que eu quase perdi, em
frívolos favores, futilidades...
De vacilo em vacilo, a vida passando
e desse diário em si, quase desisto,
a felicidade só se distanciando...
Parei. Pensei: o que procuro é isto?
Ver minh’alma se deteriorando;
quando feliz de verdade, só em CRISTO?
***
Restituição
De leis imutáveis que se compõe a vida
em que a dor e o tormento geram mais tormento e
é para o mar que a água faz sua investida,
cesteiro que tece um cesto tece um cento.
Embora, no lodo, o lírio venha à vida,
não brotará em nenhum momento
numa alma inumana, cruel e ressequida.
Cesteiro que tece um cesto, tece um cento.
Sequer viverá em paz ou terá guarida,
quem concebe o caos e gera o sofrimento.
A restituição em sua justa medida:
cesteiro que tece um cesto tece um cento.
Jamais se receberá soma indevida
das mãos de Deus no divinal julgamento,
não se há de querer a paga imerecida.
Cesteiro que tece um cesto tece um cento.
Esta é a suprema lei que norteia a vida:
a cada um conforme seu merecimento.
(Verdade divina, jamais corrompida).
Cesteiro que tece um cesto tece um cento.
***
A Procura
Por céus e terras andei a Tua procura,
em águas turvas , revoltas naveguei;
em vales e montanhas Te busquei,
só, perdido no ermo da noite escura;
testei-me a coragem e a bravura.
Aos sábios e tolos perguntei
só eu sei, as auguras por que passei
ao vagar nos limites da loucura.
Cansado, trôpego e estropiado
alquebrado sob o peso dessa cruz,
náufrago de um desejo inalcançado;
guerreiro vencido, armas depus.
Porém do infortúnio fui resgatado
quando enfim eu te encontrei: meu JESUS!
Francisco Ferreira
Antes de responder ao seu comentário ao meu post "Padre Bento: o Cônego", resolvi dar uma passadinha aqui nestes VERSOS INSONES e maravilhei-me com o que vi. Parabéns pelo belo trabalho. Continue com seus VERSOS INSONES para nosso deleite.Abração dom-joaquinense, quase conceicionense, quase serrano, quase...
ResponderExcluir"Um Sonho"- este poema deveria ser nossa realidade, mas no mundo em que vivemos vai demorar para se realizar. Adorei o blog VERSOS INSONES, e parabéns pelo trabalho que vem fazendo.
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