Panacéia
Cuidar que se mantenha acesa a chama,
fazer brotar, da bruta pedra, a flor
e em se iludindo, se esquivar da dor,
é este o desafio inglório de quem ama.
O coração, de amor, tanto se inflama,
que nos cremos cativos deste horror, e
nesta confusão se chega a supor
ter presa, a vida, nas mãos de quem se ama.
Mas o amor (veneno) se faz alento
balsâmico lenitivo e tônico
suavizante para todo o tormento.
E não existe mal agudo ou crônico
de que o amor atuando como ungüento
não suavize num espírito agônico.
***
Para visualizar o meu poema (em página fixa) que obteve o Primeiro Lugar deste concurso é só clicar no link a seguir:
Francisco Ferreira
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